quarta-feira, 2 de junho de 2010

Crítica: Chocolate Valrhona



Meu melhor amigo viajou e me trouxe de presente duas barras de chocolate Valrhona!!! Fiquei muito contente, claro! A que está aberta é uma Grand Cru Jivara com 40% de cacau e nozes pecans (ao leite). A outra é ao leite também, 39% de cacau, mais indicada para fazer receitas. Meu amigo tinha pedido meio amargo, mas o cara colocou essa por engano na sacola.

Como se pode ver, eu só provei a Jivara, a outra estou reservando para algo especial ;) Então, será que Pierre Hermé tinha razão e esse chocolate é isso tudo mesmo?

Começando pela embalagem, prefiro mil vezes quando é embalado em alumínio e papel do que em plástico.  Me dá uma sensação "Charlie em busca do cupom dourado". Fora que você pode retirar o papel, fazer outro personalizado e dar de presente. Ok, esse é meu lado crafty falando.

Quando você entra no site da Valrhona e analisa todas as variedades de chocolates que eles tem, sendo que um é mais caramelizado, outro é mais abaunilhado, etc, pode parecer coisa daqueles cheiradores de vinho chatos. Mas o pior é que é verdade. O Jivara é um chocolate que tem fundo maltado e eu realmente percebi isso e o bom é que ele não briga com o sabor do chocolate e o da baunilha, convivem harmoniosamente. O que parecia uma excrescência fez diferença. Ponto para a Valrhona.

Outro dado interessante é o dos ingredientes. Todos os chocolates Valrhona levam extrato de baunilha, ou seja, baunilha de verdade, o que faz bastante diferença, ao menos para mim, que amo baunilha. A lei francesa exige que não se leve nos chocolates de lá qualquer gordura que não seja manteiga de cacau, o que é essencial para um chocolate de primeira qualidade. Sabe aquele guarda-chuvinha de chocolate sacana? Gordura hidrogenada pura...irc!

Percebe-se então que é um chocolate gourmet, que tem que ser saboreado com calma. Não é que nem um Serenata que você coloca inteiro na boca, ou então você perde a graça dele, que é sentir os diferentes sabores. Tô me sentindo o Rémy :P

Diante da graça em perceber os diversos sabores de uma barra, não sei se um Valrhona faz tanta diferença em receitas. Antes de usar o meu ao leite 39% vou provar um pedacinho para avaliá-lo puro. Em breve farei um adendo.

Conclusão: se você gosta de apreciar um chocolate, o Valrhona é para você. Se você não liga tanto para isso, só está a fim de comer um bom chocolate, não esquente. Existem diversos chocolates excelentes e mais acessíveis. Comer um Valrhona não é algo imprescindível para se fazer até morrer.
Apesar disso tudo, o Valrhona ainda não é meu chocolate preferido. Tudo bem que eu só comi o Jivara ainda. Aquele que faz meu organismo produzir mais serotonina ainda é o Côte d'Or, um chocolate belga, mas é barato, de supermercado. Releve que o "de supermercado" belga é muito superior ao "de supermercado" nacional, mas ainda assim, não é um gourmet. Eu gosto dele principalmente porque ele derrete na boca, algo que não acontece com o Valrhona e tem muito, mas muito recheio (gosto do de avelãs, tanto do ao leite como do meio amargo). O amargo com laranja também é um espetáculo. O problema é que não tem aqui para vender, eu conheci através da Feira da Providência, gastei mais de R$ 100,00 em chocolate lá uma vez... Entretanto, a barraca da Bélgica parou de trazer chocolate, só traz tapete :( Nada a ver, né?

Boas opções mais acessíveis: Lindt (eu adoro, é o que mais gosto depois do Côte d'Or), os especiais da Hershey's com 60% de cacau (tem um inclusive com laranja, similar ao Côte d'Or) e Milka, que dos "baratinhos" é o que mais gosto (R$ 4,00 na realidade brasileira jamais é barato). Ah, de bombom tem o Ferrero Rocher. Já gostei  mais do Baci. Não acho o Godiva grande coisa.


2 comentários:

Anônimo disse...

A Valrhona tem uma loja que acabou de inaugurar no Jardins. Vale a dica.

Camila disse...

Obrigada. Acabei indo no quiosque do Iguatemi, só fiquei sabendo da loja depois. A mocinha que me atendeu foi muito simpática.

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